segunda-feira, 10 de maio de 2010

Suicídio ou homicídio?

"O homem  que matou a si mesmo  consigo próprio"

 No jantar de  premiação anual de  ciências Forenses, em 1994, o
perito médico-legista Dr. Don Harper Mills  impressionou o público com
as complicações legais de uma  morte  bizarra.


Aqui está a  história:

Em 23 de  março de 1994, o médico   legista examinou o corpo de Ronald
Opus e concluiu que a  causa da morte fora um   tiro de espingarda na
cabeça. O Sr. Opus pulara do alto de  um prédio de 10  andares,
pretendendo o suicídio.
 Ele deixou uma nota de suicídio confirmando sua intenção. Mas quando
estava caindo, passando pelo nono andar,
 Opus foi atingido por um tiro de espingarda na cabeça, que
 o matou instantaneamente.
 O que Opus não sabia era que uma rede de segurança havia sido
instalada um pouco abaixo, na  altura do oitavo
 andar, a fim de proteger alguns trabalhadores. Portanto,
 Ronald Opus não teria   sido capaz de consumar seu suicídio
como  pretendia.


O Dr. Mills  relata que "quando uma  pessoa inicia um ato de suicídio
e consegue se matar, sua  morte é considerada
 suicídio, mesmo que o mecanismo final da morte não tenha  sido
o  desejado.".
 Mas o fato de  Opus ter sido morto  em plena queda, no meio de um
suicídio que não teria dado  certo por causa da
 rede de segurança, transformou o caso em  homicídio.
 O quarto do nono andar, de onde partiu o tiro assassino, era ocupado
por um casal de velhos. Eles estavam
 discutindo em altos gritos e o marido ameaçava a esposa
 com uma espingarda. O homem estava tão furioso que, ao apertar o
gatilho, o tiro errou completamente
 sua esposa, atravessando a janela e atingindo o corpo que
 caía.
 Quando alguém tenta matar a vítima   "A", mas acidentalmente mata a
vítima  "B", esse alguém é culpado pelo homicídio  de "B".
 Quando acusado  de assassinato,  tanto o marido quanto a esposa foram
enfáticos, ao  afirmarem que a espingarda
 deveria estar descarregada.
 O velho disse  que tinha o hábito  de ameaçar sua esposa com a
espingarda descarregada  durante suas  discussões.
 Ele jamais  tivera a intenção de  matá-la.
 Portanto, o  assassinato do Sr.   Opus parecia ter sido um acidente,
ou seja, ambos achavam  que a arma estava
 descarregada, portanto a culpa seria de quem carregara a
 arma.  A  investigação descobriu uma  testemunha que vira o filho do
casal carregar a espingarda  um mês antes. Foi
 descoberto que a senhora havia cortado a mesada do filho, e  este,
sabendo das  brigas constantes de seus pais, carregara a espingarda na
 esperança de que seu
 pai matasse sua mãe.
 O caso passa a  ser, portanto, do  assassinato do Sr. Opus pelo filho
do casal.  As  investigações descobriram que o
 filho do casal era, na verdade, Ronald Opus.
 Ele se  encontrava frustrado por  não ter até então conseguido matar
sua mãe. Por isso,  em 23 de março, ele se  atirou do décimo andar do
prédio onde morava, vindo a ser morto por um tiro de  espingarda
quando passava pela janela do nono  andar.
 Ronald Opus  havia efetivamente  assassinado a si mesmo, por isso a
polícia encerrou o caso  como  suicídio.

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